Para reflectir a palavra de domingo

Domingo, 10 de maio de 2009
5º domingo da Páscoa

Santos do Dia: Álfio, Quirino e Filadélfio (três irmãos mártires da Sicília), Antonino de Florença (dominicano, bispo), Aureliano de Limoges (bispo), Calepódio, Palmácio, Simplício, Félix, Blanda e Companheiros (mártires de Roma), Cataldo de Taranto (bispo), Dioscórides de Esmirna (mártir), Gordiano e Epimaco (mártires de Roma), Jó (patriarca bíblico do Antigo Testamento), João de Ávila (presbítero), Quarto e Quinto (mártires de Roma), Solange de Bourges (virgem, mártir), William de Pontoise (eremita).

Primeira Leitura: Atos 9, 26-31
Contou-lhes como Saulo vira o Senhor no caminho.
Salmo responsorial: Sl 21(22), 26b-27.28.30.31-32 (R. 26a)
Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembléia.
Segunda Leitura: 1João 3, 18-24
Eis o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, como ele nos mandou.
Evangelho: João 15, 1-8
Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto.

Saulo (depois chamado Paulo) tinha perseguido a comunidade cristã de Jerusalém, levando muitos fiéis para a prisão. Motivo: desobediência à Lei de Moisés.

Três anos depois, Paulo se apresenta àquela mesma comunidade. Naturalmente a desconfiança e a o medo tomam conta daquelas pessoas. Então foi preciso que Barnabé – apóstolo conhecido por todos – o apresentasse à comunidade.

A situação incômoda que se criou naquela comunidade com a chegada de um ex-perseguidor que se convertera acontece também entre nós. Quando surge algum novo irmão que se converteu, em nossa comunidade, às vezes o isolamos com desconfiança e relutamos em lhe dar acolhida.
Paulo, recém-convertido, entende aquele ambiente quase hostil, mas não desanima. Às vezes somos nós mesmos que encontramos dificuldade para permanecer em fraternidade. Encontramos gostos e hábitos diferentes dos nossos. Percebemos defeitos. Mas não nos podemos esquecer de que a Igreja é composta de pessoas com qualidades sim, mas também com falhas. E que nós temos os mesmos ou piores defeitos que os outros também têm de suportar.

João nos dá um sinal infalível para verificar se estamos unidos à Videira que é Cristo, ou seja, se o Espírito de Deus está em nós: as obras de amor. No v. 17 se lê: “Quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmãos sofrer necessidade, mas lhe fechar o coração, como pode estar nele o amor de Deus?” E, de maneira mais explícita: “Meus filhinhos, não amemos com palavras, mas por atos e em palavras”.

No Evangelho, a comunidade de João nos apresenta a lição fundamental: ficar unidos a Jesus para podermos produzir frutos de amor junto aos irmãos. Mas há uma comparação que pode parecer obscura: a poda dos ramos secos. Estes, uma vez cortados, não voltarão mais às videiras. Neste ponto, porém, o autor não quer falar de pessoas a serem separadas da Videira, mas de nossos defeitos. São, portanto, as nossas misérias, as infidelidades ao Evangelho, as fraquezas, os pequenos ou grandes pecados que devem ser cortados. Da mesma forma que meditamos na 1ª leitura, quem observa ramos secos só nos outros, quem julga que só eles precisam de ser cortados deve se preocupar com seu próprio orgulho.

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